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Iniciei minha vida de antiquário aos 14 anos. A precocidade é devida a meu pai, José Haddad, engenheiro, um apreciador de arte e colecionador médio, a me levar aos grandes leilões da época, nas mansões da alta burguesia.
Meu “mestrado” foi em visitas frequentes a um dos mais antigos antiquários do Brasil: o de José Abressor, na Rua da Lapa. De 1962 e até 1967, ia quase diariamente a loja do "Zé dos Bichos", como era chamado o Abressor para recolher seus ensinamentos sobre um mercado ainda latente.
Em 1967, com meu pai e o Abressor, passei a sócio de um antiquário no Rio de Janeiro. Com a morte de meu pai, já então tendo apenas Abressor como sócio, inauguramos um novo antiquário. E voltei a Lapa boêmia carioca. Com a sociedade encerrada em 1970, resolvi ter minha primeira loja, inaugurando-a, em 1972, no Flamengo. Decidi que esse era o caminho que trilharia. Viajei pelo interior do Brasil na busca de raridades, intercalando com visitas a museus em Nova York, Paris e Londres, sempre atento aos importantes leilões nessas capitais. E me punha a imaginar o dia em que chegaria aos sonhos do que pretendia ser.
Em 1978, um novo antiquário. E lá conquistei os amigos e clientes que após o encerramento das atividades em 1984, foram festejar comigo as novas e amplas instalações da atual sede na rua Pompeu Loureiro 27-A.
Em 1991, com experiência adquirida não só como antiquário, mas também como organizador de leilões, tornei-me leiloeiro público. Formei em cinco anos uma equipe altamente especializada, que me ajudou na realização de mais de quinhentos leilões na sede que hoje ocupo.
Orgulho-me de ter vendido algumas das mais importantes coleções do Rio de Janeiro: a do ex-presidente da Academia Brasileira de Letras Austregésilo de Athayde, do ex-ministro das Relações Exteriores embaixador Antônio Azevedo da Silveira, do ex-ministro general Golbery do Couto e Silva, do acervo de Djalma da Fonseca Hermes, parte da coleção do doutor Rinaldo Delamare, parte da coleção de Nelson Seabra e também a da família do grande jurista Rui Barbosa, a do deputado Francisco Studart, a do ex-presidente da República General João Baptista de Oliveira Figueiredo, entre outros. E acrescento ao meu orgulho o de ter leiloado em minha galeria o estudo original da cabeça do Cristo Redentor, símbolo máximo da Cidade do Rio de Janeiro, esculpida por Paul Landowski e adquirida pela Prefeitura do Rio de Janeiro.
Em setembro de 2001, inaugurei uma outra casa de leilões no Corredor Cultural da Rua do Lavradio, onde realizamos até 2006 cerca de oitenta leilões de arte e antiguidades, tornando-me assim um pioneiro nesse tipo de atividade naquele local.
Inauguramos agora em 2015 uma outra belíssima sede própria na rua Santa Clara, em Copacabana, num prédio moderno de quatro andares, com elevador panorâmico.
Uma longa estrada que percorro prazerosamente por este universo apaixonante, convidando a que vocês, meus amigos e clientes, a participar dessa caminhada que um dia foi sonho e que vai se transformando numa doce realidade.